

O Pinot Noir da Nova Zelândia é considerado o mais próximo do estilo da Borgonha. E Central Otago é a principal região para esta uva.
A foto que abre este post é de Queenstown, que fica em Central Otago, na Ilha Sul (o país é dividido em Ilha Sul, de clima mais frio, e Ilha Norte). Situada às margens do lago Wakatipu, cercado por uma cadeia de montanhas com neve permanente, recebe turistas do mundo todo que vão em busca dos esportes radicais, como o bungy jump. A região é rica também pela gastronomia (o famoso cordeiro) e pelos vinhos, especialmente o Pinot Noir (há Rieslings de ótima qualidade também).
Considerada uma das regiões vinícolas mais belas do mundo (muitas das cenas do filme O Senhor dos Anéis foram filmadas na região), Central Otago reúne muitos produtores que adotam a agricultura sustentável, além de orgânicos e biodinâmicos.
Vinhedos da Rippon, considerada uma das mais belas vinícolas do mundo
Um artigo publicado pelo crítico James Suckling, em outubro do ano passado (Pinot Noir Leads New Zeland’s New Quality Baseline), ressalta a qualidade do Pinot Noir da Nova Zelândia: “Embora nosso interesse se estenda a todos os estilos dos bons e ótimos vinhos da Nova Zelândia, os melhores Pinot Noirs do país continuam realmente a nos impressionar”.
Essa uva começou a ter destaque nos anos 1990 e se tornou tão importante para o país que ganhou um evento exclusivo, que faz parte do calendário vinícola internacional. Realizado a cada quatro anos, o Pinot Noir NZ reúne profissionais e produtores do mundo. A próxima edição aconteceria em 2021, mas foi adiada em função da pandemia. O Pinot Noir NZ 2022 será realizado em Christchurch, Ilha Sul, entre 15 e 17 de fevereiro.
Texto e Fotos: Solange Souza